Uma das descobertas mais significativas feitas até agora, depois de analisados os comportamentos e as interações sociais e anti-sociais, é o papel preponderante da troca de informações não-verbais entre os indivíduos de uma multidão, através das expressões e da forma e do ritmo da locomoção dos diversos indivíduos.
Outra descoberta é o fenômeno da ampliação (scaling), por meio do qual as ações de um único indivíduo são capazes de modelar a dinâmica de toda a multidão.
Por exemplo, um único indivíduo assustado que começa a correr e parar de forma de forma aleatória, é capaz de formar ondas que se espalham pela multidão, potencialmente causando pisoteamentos e pânico geral.
Os pesquisadores esperam descobrir padrões no espalhamento desses comportamentos descontrolados, de forma a preveni-los, seja pela orientação aos indivíduos, seja pela otimização dos espaços públicos, dotando-os de elementos que anulem a disseminação do chamado "comportamento de manada."
A falta de planificação das vias de evacuação das pessoas e/ou do seu não desimpedimento em situações de incêndio, tem sido responsável por muitas tragédias, pela perda de muitas vidas humanas.
Os caminhos horizontais de evacuação devem proporcionar o acesso rápido e seguro às saídas de piso, através de encaminhamentos claramente definidos e tão curtos quanto possível (se possível inferiores a 50 metros).
As vias horizontais de evacuação devem conduzir directamente a vias verticais de evacuação ou ao exterior do edifício e devem ter largura útil adequada ao número de potenciais utilizadores (por exemplo, uma unidade de passagem por cada 100 utilizadores ou fracção).
Para que as consequências de um incêndio em perdas de vidas humanas sejam minimizadas é necessário dar a devida atenção aos tempos de evacuação, que são dependentes de diversos factores tais como:
Figura 8 - Tempos parciais e total de evacuação
Então, o tempo de evacuação será um somatório dos diversos tempos, atrás referidos. É fundamental baixar cada um dos tempos. Como poderá ser isso feito?
A diminuição do tempo de detecção-alarme pode conseguir-se com um reforço do pessoal de vigilância e/ou com a instalação de detectores automático do tipo iónico que, como sabemos, detectam fogos na fase em que ainda só produzem fumos invisíveis dando mais tempo para actuação.
A diminuição do tempo de atraso consegue-se com treino do pessoal, com a sinalização dos acessos e com o aumento da fiabilidade dos alarmes.
A diminuição do tempo de evacuação propriamente dito, depende uma vez mais do treino do pessoal, da existência de sinalização correcta, da iluminação de segurança e da existência de acessos e vias de evacuação em número e com dimensões (larguras) adequadas à população do edifício a evacuar.
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