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Lavagem cerebral - Como funciona?

Durante a Guerra da Coréia, coreanos e chineses faziam lavagem cerebral nos prisioneiros de guerra americanos mantidos nos campos de concentração.

Muitos tiveram mudanças de comportamento radical e pelo menos 21 soldados se recusaram a voltar para os Estados Unidos quando foram libertados. Isso parece impressionante e nos leva a perguntar: a lavagem cerebral realmente funciona?

Na psicologia, o estudo da lavagem cerebral, geralmente referido como reforma do pensamento, caiu na esfera da influência social. A influência social acontece a cada minuto todos os dias. É o conjunto das maneiras nas quais as pessoas podem mudar atitudes, crenças e comportamentos de outras pessoas.

O método de submissão pretende produzir mudanças no comportamento da pessoa não se preocupando com suas atitudes ou crenças. Essa abordagem induz ao "Apenas Faça". O método da persuasão, ao contrário, pretende mudar a atitude e induz ao "Faça porque isso vai fazer você se sentir bem/feliz/saudável/bem-sucedido". Por último, o método de educação (chamado de "método de propaganda" quando não se acredita no que está sendo ensinado) está no topo da influência social e tenta afetar uma mudança nas crenças da pessoa, induzindo a ações do tipo "Faça porque você sabe que é a coisa certa a ser feita".

A lavagem cerebral é um forma séria de influência social que combina todas as abordagens para causar mudanças no modo de pensar de alguém sem que a pessoa consinta.

Como a lavagem cerebral é uma forma invasiva de influência, ela requer o completo isolamento e dependência do indivíduo e essa é a razão pela qual você quase sempre ouve que a lavagem cerebral ocorre em campos de concentração ou em cultos extremistas. O agente (pessoa que vai executar a lavagem cerebral) deve ter completo controle sobre o alvo (a pessoa que vai sofrer a lavagem cerebral) para que os padrões do dormir, comer, usar o banheiro e outras necessidades básicas do ser humano dependam da vontade do agente. 

Enquanto a maioria dos psicólogos acredita que a lavagem cerebral é possível sob as condições certas, alguns vêem como improváveis ou pelo menos não tão séria como a mídia demonstra. Alguns dizem que é necessário haver presença da ameaça física então, de acordo com esse pensamento, os cultos mais extremistas não praticariam a verdadeira lavagem cerebral, já que não abusam fisicamente dos seguidores.

Outros mencionam o "controle e a coerção não física" como um meio eficaz de assegurar a influência. Independentemente dessas idéias, muitos peritos acreditam que, mesmo sob condições ideais de lavagem cerebral, os efeitos do processo são mais freqüentes em curto prazo. A antiga identidade das vítimas da lavagem cerebral não é erradicada de fato pelo processo, mas escondida. Uma vez que a "nova identidade" pára de ser forçada, as antigas atitudes e crenças da pessoa começarão a voltar. 

No final dos anos 50, o psicólogo Robert Jay Lifton estudou ex-prisioneiros dos campos das guerras da Coréia e China. O psicólogo chegou à conclusão que eles tinham passado por um processo múltiplo que começava com ataques contra a identidade do prisioneiro e terminava com o que parecia ser uma mudança nas crenças do indivíduo. Lifton definiu um conjunto de etapas envolvidas nos casos de lavagem cerebral que estudou:
  1. ataque contra a identidade
  2. culpa
  3. autotraição
  4. ponto de colapso
  5. clemência
  6. compulsão para confissão
  7. canalização da culpa
  8. liberação da culpa
  9. progresso e harmonia
  10. confissão final e renascimento
Cada um desses estágios acontece em um ambiente de isolamento. Todos os pontos de referência social considerados normais estão indisponíveis e técnicas como a privação de sono e desnutrição são partes comuns do processo. Há ameaças físicas freqüentes, o que aumenta a dificuldade do alvo em pensar de maneira independente e crítica. O processo que Lifton identificou pode ser dividido em três estágios: ponto de colapso do eu, apresentação da possibilidade da salvação e reconstrução do eu.

Ponto de colapso do eu
  • Ataque contra a identidade: você não é quem pensa que é.
    É um ataque sistemático à identidade (ego) do alvo e a seu principal sistema de crença.  O agente nega tudo o que faz do alvo ser quem é (por exemplo: "você não é um soldado", "você não está defendendo a liberdade"). O alvo fica sob ataque constante por dias, semanas ou meses, até o ponto em que fica exausto, confuso e desorientado. Nesse estado, suas crenças parecem menos sólidas.
  • Culpa: você é ruim.
    Enquanto a crise de identidade está se instalando, simultaneamente o agente está criando uma irresistível sensação de culpa no alvo. Ele ataca o alvo repetidamente sobre qualquer deslize que tenha cometido (seja grande ou pequeno). O alvo começa a sentir uma sensação geral de vergonha, de que tudo que faz está errado.
  • Autotraição: concorda comigo que você é ruim?
    Uma vez que o paciente está desorientado e se martirizando pela culpa, o agente o força (com ataques físicos e mentais) a denunciar família, amigos e parceiros que compartilham das mesmas idéias "erradas" que ele. Essa traição com relação às suas crenças e às pessoas com as quais tem lealdade é para aumentar a vergonha e a perda da identidade que o alvo já está experimentando.
  • Ponto de colapso: quem sou eu, onde estou e o que tenho de fazer?
    Com sua identidade em crise, passando por uma profunda vergonha e tendo traído o que sempre acreditou, o alvo pode passar pelo que na comunidade leiga é conhecido como um colapso nervoso. Na psicologia, o colapso nervoso é um conjunto de graves sintomas que podem indicar distúrbios psicológicos. Isso pode envolver um soluço descontrolado, uma profunda depressão e desorientação geral. O alvo pode ter perdido a compreensão da realidade e ter a sensação de estar completamente sem rumo e sozinho. Quando o alvo atinge o ponto de colapso, seu senso do eu está muito confuso. Ele não tem um entendimento claro de quem é ou do que está acontecendo com ele. Nesse ponto, o agente mostra a possibilidade de o alvo se converter para outro sistema de crença que o libertará de sua sutuação atual.
Apresentação da possibilidade da salvação
  • Clemência: eu posso ajudar você.
    Com o alvo em estado de crise, o agente oferece algumas pequenas gentilezas. Ele pode, por exemplo, oferecer ao alvo um copo d'água ou perguntar do que ele sente saudade em casa. Em estado de colapso resultante de um ataque psicológico constante, a pequena gentileza parece enorme e o alvo pode experimentar sensação de alívio e gratidão completamente fora da proporção daquilo que foi oferecido, como se o agente estivesse salvando sua vida.
  • Compulsão para confissão: você pode se ajudar.
    Pela primeira vez no processo, o alvo encara o contraste entre a culpa e a dor do ataque contra a identidade e o alívio repentino da clemência. O alvo pode sentir um desejo de retribuir a gentileza oferecida a ele e, nesse ponto, o agente pode apresentar a possibilidade da confissão como um meio de aliviar a culpa e a dor.
  • Canalização da culpa: esta é a razão pela qual você está sofrendo.
    Após semanas ou meses de ataque, o alvo não tem certeza do que fez de errado, sabe apenas que está errado. Isso cria algo como lacunas e que prontamente podem ser preenchidas pelo agente: ele pode acrescentar culpa para qualquer coisa que quiser. O agente transfere a culpa para sistema de crenças que está tentando substituir. O contraste entre o velho e o novo foi estabelecido: o antigo sistema de crença é associado com a agonia psicológica (e geralmente física) e o novo sistema de crença é associado com a possibilidade de fugir dessa situação.
  • Liberação da culpa: não sou eu, são minhas crenças.
    O alvo preparado está aliviado para aprender que existe uma causa externa para estar errado, que não é ele que é inevitavelmente mau, o que significa que pode escapar do sentimento de erro. Tudo o que precisa fazer é denunciar as pessoas e instituições associadas ao seu sistema de crença e todo o sofrimento acabará. O alvo tem o poder de se liberar do que está errado, confessando os atos associados com seu antigo sistema de crença. Com sua total confissão, o alvo completou a rejeição psicológica de sua antiga identidade. Agora cabe ao agente oferecer ao alvo uma nova identidade.
Reconstrução do eu
  • Progresso e harmonia: se quiser, pode escolher o melhor para você.
    O agente apresenta um novo sistema de crença como o caminho para o "bem". Nesse estágio, o agente pára com os ataques, oferecendo ao alvo conforto psicológico e alívio mental. O alvo é levado a sentir que a escolha entre o velho e o novo é dele. A sensação que sente é que tem seu destino nas mãos. A essa altura, já denunciou seu antigo sistema de crença em resposta à clemência e tormento. Fazer uma "escolha consciente" em favor do novo sistema de crença ajuda a ampliar o alívio: se ele realmente acredita, então não traiu ninguém. A escolha passa a não ser algo difícil pois a nova identidade é "segura" e atraente porque não se parece com a que o levou ao colapso.
  • Confissão final e renascimento: eu escolho o bem.
    Contrastando a agonia do velho sistema de crença com a paz do novo, o alvo escolhe a nova identidade, apegando-se a ela para preservar sua vida. No estágio final, com freqüência, há rituais ou cerimônias para introduzir o alvo convertido na sua nova comunidade. Esse estágio foi descrito por algumas vítimas de lavagem cerebral como um sentimento de "renascimento".
Veja Como funcionam as seitas para detalhes sobre o processo de reforma do pensamento que acontece especificamente em cultos destrutivos.

O processo de lavagem cerebral exposto acima não foi testado em um laboratório porque seria um experimento científico contrário à ética. Lifton criou essa descrição a partir de narrativas das técnicas usadas pelos captores na Guerra da Coréia e de outros exemplos relatados ao redor do mundo. Desde que Lifton e outros psicólogos identificaram variações sobre o que parece ser um conjunto de etapas que guiam ao estado da sugestionabilidade, uma questão interessante é por que funciona com algumas pessoas e com outras não.

Certos traços de personalidade dos alvos podem determinar a eficácia ou não do processo. Pessoas que já tiveram grandes dúvidas sobre si mesmas e as que demonstram uma tendência à culpa são bastante suscetíveis. Já as pessoas com um forte senso de identidade e de auto-confiança podem ser mais resistentes ao processo. Algumas narrativas mostram que a fé em um poder superior pode ajudar um alvo a se neutralizar mentalmente do processo. A neutralização mental é uma técnica de sobrevivência dos prisioneiros de guerra e agora faz parte de seu treinamento. Os militares também ensinam aos soldados os métodos usados na lavagem cerebral, porque o conhecimento do processo tende a torná-lo menos eficaz.

Os estudiosos traçaram as origens da sistemática da reforma do pensamento para os campos de concentração da Rússia comunista no começo do século XX, quando os prisioneiros políticos eram rotineiramente "reeducados" para a visão comunista do mundo. Foi quando a prática se espalhou pela China e os escritos do presidente Mao Tse-tung ("O Pequeno Livro Vermelho") apareceram, que o mundo começou a conhecer o tema.

Criando sua propria igreja.

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Com o fim do mundo as pessoas vão ficar perdidas, uma nova liderança da fé deve ser erguida....e quem melhor que vc para fazer isso??

Por isso aprenda em 5 passos como fazer sua própria igreja.

1º Confusão Bíblica:
A bíblia pode ser tendenciosa quando bem manipulada. Podemos colocar doutrinas extremistas em cima de versos isolados. Assim criamos ideologias-movimentos até que isto tome forma e força e se torne uma grande doutrina de fé.

Existem diversos elementos para o início de um novo movimento religioso; a confusão bíblica é a primeira etapa.

Podemos “literalizar” alguns pontos chaves para o sucesso da igreja como a obrigatoriedade do dízimo, lealdade perante a própria doutrina, líder e denominação, assim depreciando qualquer outra doutrina e denominação colocando a própria como irrevogável e “inerrante”.

2º Líder Carismático:
Uma boa pedida para qualquer igreja que deseja ser um sucesso de linha é ter um líder extremamente forte, com personalidade cativante e carisma suficiente para arrebatar as multidões. As pessoas devem ser advertidas para não questionarem esse "homem de Deus" por causa da "unção" que está sobre ele. A força e a autoridade espiritual não podem faltar neste homem.
Falar bem é preciso para ser convincente e muitas vezes até adorado e fervorosamente defendido por seus fiéis mesmo quando este líder estiver notoriamente errado. Engana-se quem acredita que este líder deve ser uma pessoa inculta, muitos são formados com grau superior como cursos de Administração de Empresas e Psicologia, não que isso seja uma regra, mas mesmo sem curso superior o líder deve ser no minimo bem informado sobre tudo o que ocorre no mundo que ele mesmo quer atingir e impactar.

3º Mesmerização e Emocionalismo:
O emocional também precisa ser trabalhado para que o fiel não saia frustrado do culto. Um culto pouco avivado é um culto falido.

À medida que a igreja torna-se grande e forte, os próprios elementos do sucesso a tornam uma rede quase impossível para as pessoas saírem. A emoção de possíveis expectativas de emprego e sucesso financeiro causado pelos fervorosos apelos emocionais entre estes testemunhos chorosos de vitória são coisas que prendem e chamam a atenção do espectador iniciante até que o mesmo esteja confiante de que tudo que acontece para um com certeza deverá acontecer para ele também.

Há um efeito de mesmerização "visão, audição e sensação" que caracteriza qualquer igreja de sucesso.

Movimentos como o G12 são ferramentas eficazes para uma popularização ou manipulação treinada das massas. Fortes sensações precisam ser causadas trazendo um grande impacto e o “Encontro com Deus” consegue ter essa eficácia. A convicção causada por uma fé racional e que questiona e não se conforma com o que está errado deve ser trocada por qualquer apelo emocional por que assim uma pessoa que tem carisma emotivada dentro de um movimento nunca o irá questionar.

O Louvor deve seguir a tendência das igrejas da moda do Brasil ou trazer outras tendências que estão dando certo lá fora. Invista em bons músicos por que a maioria das pessoas quer mesmo um bom show executado de forma primorosa.

4º Sucesso Financeiro, Radiofônico e Televisivo:Quando se está na mídia tudo é mais fácil e para estar na mídia precisa-se de um investimento pesado em televisão e rádio. Faça propósitos de conquistar o Brasil. Fale sobre estratégias de evangelismo para a nação. Isso te ajudará a levantar desafios de arrecadações financeiras fora o dízimo e não esqueça de dizer a velha frase; "Não retenha o que é de Deus. Dê e Deus te devolverá boa medida, sacudida e transbordante".
Muitas vezes também da certo investir em artistas gospel exclusivos para a sua própria gravadora. Não toque os outros artistas dentro da sua igreja, diga que as outras músicas não fazem parte da visão que Deus te deu.

O sucesso financeiro depende de seus fiéis se eles encontrarem bons produtos como bíblias temáticas, bandas que ele gosta no estilo que ele quer e ainda outros diversos acessórios ele será cativado e impulsionado a consumir os seus produtos. Pelo simples fato do selo de garantia gospel de qualidade e santidade. E contudo ainda aconselhe ao não consumo de qualquer produto secular seja ele um mero detergente, fralda, cd e etc.
Envolva-os no seu mundo gospel com produtos que você tem à dispor. Afinal, defina que todos os produtos são feitos nas franquias infernais conspiratórias contra o "Reino do Deus Gospel".

5º Apologética Contra Acusadores :
Quando sua igreja estiver no topo surgirão pessoas que o atacarão. Afinal a igreja está em destaque. Observe se quem te acusa tem pontos fracos a serem atacados também. Crie uma fundamentação de perseguição do povo cristão. Endemonize as acusações de forma vigorosa ao ponto de verem quem te acusa como o próprio diabo encarnado. Passando pelo quinto passo você conseguira manter sua igreja de sucesso por muito tempo. E tome cuidado com a sonegação do imposto de renda isso da cadeia.