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Profecias Bizarras

 
Galinha profeta de Leeds, 1806
A história tem inúmeros exemplos de pessoas que proclamam o retorno iminente de Jesus Cristo, mas nenhuma mensagem é mais estranha do que a da galinha de um inglês na cidade de Leeds, em 1806. O que contam é que a "galinha profeta" começou a botar ovos com a frase "Cristo está chegando". As notícias deste milagre se espalharam e muitas pessoas se convenceram de que o juízo final estava à mão. Até que alguém descobriu que tudo não se passava de uma farsa.
 
Os millerites, 23 de abril de 1843
Um fazendeiro da Nova Inglaterra chamado William Miller, após ter feito durante vários anos um estudo muito cuidadoso de sua Bíblia, concluiu que o tempo escolhido por Deus para destruir o mundo poderia ser adivinhado a partir de uma interpretação estritamente literal da escritura.
Ele explicou para quem quisesse ouvir que o planeta chegaria ao seu fim em algum momento entre 21 de março de 1843 e 21 de março de 1844. O fazendeiro pregou e espalhou a notícia o suficiente para que milhares de seguidores - conhecidos como Millerites - decidissem que a data efetiva seria em 23 de abril de 1843.
Muitas pessoas venderam ou deram seus bens, admitindo que eles não seriam mais necessários, mas quando chegou o esperado 23 de abril, e Jesus Cristo não veio, o grupo finalmente se dissolveu - com alguns integrantes formando o que hoje são os adventistas do Sétimo Dia.
 
Mórmon e o Armageddon, 1891
Joseph Smith, fundador da Igreja Mórmon, convocou uma reunião de líderes de sua igreja em fevereiro de 1835 para contar que tinha falado com Deus recentemente e, que durante a conversa, tinha ouvido que Jesus Cristo retornaria nos próximos 56 anos. Nesta data, o fim do mundo seria iniciado imediatamente.
 
Cometa Halley, 1910
Em 1881, um astrônomo descobriu por meio da análise espectral que as caudas dos cometas eram compostas por um gás mortal chamado cianogênio, conhecido também como cianeto. Esta foi apenas uma notícia de interesse passageiro até que alguém alertou que a Terra poderia passar pela cauda do cometa Halley em 1910.
Será que todos no planeta seriam atingidos por um gás tóxico mortal? A especulação foi reproduzida nas primeiras páginas do jornal americano The New York Times e outros periódicos, gerando um pânico em massa no próprio país e no exterior. No entanto, os cientistas conseguiram explicar que não havia nada a temer.
 
Pat Robertson, 1982
Em maio de 1980, um televangelista e fundador da Coalização Cristã, Pat Robertson, assustou e alarmou a população - ao contrário de Mateus 24:36 ("Ninguém sabe que dia ou hora, nem os anjos no céu") - ao informar em seu programa de TV que ele sabia que o mundo ia acabar. "Eu garanto que até o final de 1982 o mundo terá o juízo final", disse Robertson.
 
Heaven's Gate, 1997
Quando o cometa Hale-Bopp surgiu em 1997, surgiram rumores de que uma nave alienígena estaria seguindo o cometa - encoberto, é claro, pela NASA e pela comunidade astronômica. Embora a alegação tenha sido refutada por astrônomos - e poderia ser refutada por qualquer pessoa com um bom telescópio - os rumores foram espalhados por um reconhecido programada de rádio.
A partir de então, uma seita que cultuava a ufologia em San Diego, chamada Heaven's Gate, concluiu que o mundo iria acabar em breve. O mundo realmente teve um fim, mas apenas para os 39 membros do grupo, que se suicidaram em 26 de março de 1997.
 
Nostradamus, agosto de 1999
As escritas ofuscadas e metafóricas de Michel de Nostrdame têm intrigado as pessoas por mais de 400 anos. Seus textos, cuja precisão depende muito de interpretações flexíveis, foram traduzidas e retraduzidas em dezenas de versões diferentes. Um dos mais famosos dizia: "No ano de 1999, sétimo mês, do céu virá um grande rei do terror".
 
Bug do Milênio, 1º de janeiro de 2000
No início do século passado, muita gente ficou preocupada que os computadores poderiam causar o fim da Terra. O problema, referido pela primeira vez no início dos anos 1970, era de que muitos computadores não seriam capazes de diferenciar as datas entre 2000 e 1900.
Ninguém estava realmente certo sobre o que aconteceria, mas muitos acreditaram que um holocausto nuclear pudesse destruir o planeta. Nada disso ocorreu e o novo milênio começou com apenas algumas falhas.
 
Gelo e o fim do mundo, 5 de maio de 2000
No caso do Bug do Milênio não vir efetivamente, uma catástrofe global foi assegurada por Richard Noone, autor do livro "5/5/2000 Ice: the Ultimate Disaster" ("5/5/2000 Gelo: A Catástrofe final", na tradução do inglês). Segundo Noone, a massa de gelo da Antártida ficaria com 3 km de espessura em 5 de maio de 2000 - data em que os planetas seriam alinhados no céu, de algum modo, resultando no degelo global.
 
Pastor da Igreja de Deus, 2008
Segundo o pastor da Igreja de Deus, Ronald Weinland, o fim dos tempos está sobre nós - mais uma vez. Em seu livro "2008: God's Final Witness" ("2008: O testemunho final de Deus", na sigla em inglês), ele afirma que centenas de milhões de pessoas vão morrer e, até o final de 2006, "haverá um prazo máximo de dois anos para o restante do mundo mergulhar no pior momento de toda a história humana". No outono de 2008, os Estados Unidos não seria mais uma potência mundial e deixaria de existir como nação independente.
 

Sobreviva ao fim da internet..


Apagões continentais, e-bombas e tempestades solares ameaçam as tecnologias que poucos percebem, mas que mantêm o mundo funcionando.

A tecnologia comanda praticamente tudo que fazemos, e essa influência não se resume às coisas do trabalho. De bancos a hospitais, somos quase totalmente dependentes de tecnologia.
 
Cada vez mais sistemas funcionam de forma interconectada, e muitos deles são vulneráveis. Provas disso surgem quase todo dia.

Mas e se, no lugar dos ataques de negação de serviço que derrubam alguns sites de vez em quando, a internet inteira parasse de funcionar de repente? E se o Google não pudesse mais ser acessado? E se, em vez de um desses vazamentos de dados, nossos bancos fossem atacados por uma arma que dizimasse todas as transações financeiras? E se crackers infiltrassem seus códigos maliciosos nos sistemas que controlam a rede nacional de eletricidade?


 
Quem pensa que tais coisas não podem acontecer precisa rever sua posição. Saiba que algumas delas até já ocorreram, só que em escala menor. Mas não deixa de ser interessante, mesmo que por brincadeira, exagerar um pouco e imaginar o que poderia acontecer casos esse “dia do juízo final” tecnológico acontecesse de verdade.

Quer saber o que pode dar errado?
 
Confira os cenários descritos a seguir.
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Cenário apocalíptico 1: Apagão nacional

Notícia urgente: ataque cracker contra instalações de distribuição de energia provoca enormes apagões pelo país e deixa milhões de pessoas sem eletricidade.

Acredite: o sistema que controla as usinas geradoras de energia dos EUA foi construído há cerca de 40 anos, quando a internet era apenas um punhado de universidades ligadas por modems de 300 bps.


 
“Antigamente, todo sistema de energia em qualquer parte do mundo era considerado uma ilha”, diz Robert Sills, CEO da RealTime Interactive Systems, que oferece soluções de segurança para aplicações de controle industrial. “Não havia tecnologia disponível para conectá-los. Agora existe.”

O lado negativo dessa conectividade toda é que, se uma subrede for sobrecarregada, as outras poderão cair como dominós. Isso aconteceu nos EUA em agosto de 2003; 55 milhões de americanos e canadenses ficaram sem luz.

Cenário apocalíptico 2: E-bomba afunda sistema financeiro

Notícia urgente: arma eletromagnética paralisa centro financeiro de Nova York, causando danos a equipamentos e interrupções no fornecimento de energia em grande escala; mercados deixam de operar.

Não é preciso detonar uma bomba nuclear para criar um pulso eletromagnético forte o bastante para causar danos sérios. Existem aparelhos que emitem sinais de alta freqüência capazes de fritar equipamentos eletrônicos, e de estragar qualquer informação que não esteja gravada em mídia magnética ou óptica. Essas “bombas” não são facilmente rastreáveis porque a própria máquina destrói as provas de seu uso.

Um furgão com um aparelho desses na traseira poderia derrubar boa parte da economia de um país, caso fosse ligado em centros financeiros como Manhattan, diz Gale Nordling, CEO da Emprimus, empresa que ajuda corporações a se proteger contra ameaças de pulsos eletromagnéticos de origem não nuclear. Parar um país inteiro, no entanto, exigiria uma bomba nuclear.

Uma vez que a máquina fosse ligada, PCs e data centers teriam ido para o espaço. Celulares poderiam funcionar, mas sem as torres das operadoras eles seriam inúteis. O carro não daria partida. Controles automatizados de estações de água e energia não funcionariam. E, se a bolsa de valores de Nova York parasse, as ondas de choque iriam se alastrar por todo o planeta.

Cenário apocalíptico 3: Google fora do ar
Noticia urgente: milhões de internautas que tentaram acessar o maior site de buscas do planeta receberam mensagem de “página não encontrada”; todos os serviços do Google estão inacessíveis.

O Google entrou de tal forma em nossas vidas que já não imaginamos o mundo sem ele. Especialistas afirmam que, para derrubar uma empresa tão bem entrincheirada, seria preciso alguém de dentro – não necessariamente um funcionário mal intencionado, apenas alguém estúpido (se é que existe tal pessoa por lá) com os devidos privilégios de acesso.

E olhe que não é algo de todo impossível. Em dezembro, invasores convenceram funcionários do Google a visitar um site malicioso, que explorou uma vulnerabilidade do Internet Explorer para instalar uma “porta dos fundos” na rede do Google. De lá, eles acessaram o Gmail de dissidentes chineses.

“O principal vetor de obtenção de acesso ao interior de organizações hoje são aplicações maliciosas instaladas na rede”, diz Nir Zuk, fundador e CTO da Palo Alto Networks, empresa de segurança de rede.

No pior cenário, um empregado do Google simplesmente instala uma aplicação na rede, e por meio dela invasores externos enganam o firewall da empresa.

Uma vez lá dentro, os invasores poderiam vasculhar a rede até encontrar os centros de comando e controle dos data centers do Google. Daí, eles poderiam desligar tudo, não sem antes deixar uma bomba lógica para corromper os bancos de dados da empresa.

Cenário apocalíptico 4: Desligaram a internet

Notícia urgente: a internet entrou em colapso hoje quando milhões de internautas foram redirecionados para sites errados, causados por problemas com o sistema de nome de domínio.

Pode a internet sair do ar? Muitos especialistas dizem que não, com o argumento de que há muitos canais de comunicação, muitas redundâncias, e uma arquitetura projetada para contornar pontos de falha.

“É muito difícil derrubar a internet inteira, a menos que ocorra um incidente global de pulso eletromagnético que acabe com tudo de uma vez”, avalia o Dr. Ken Calvert, membro do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Kentucky. “Há uma variedade de tecnologias para tráfego de bits em todos os níveis, como satélite, fibra ou ondas. Há muita redundância.”

Mesmo que a internet não possa ser desligada totalmente, exceto por um ato de Deus (sobre isso, veja o Apocalipse 5), crackers poderiam provocar o caos se atacassem um ponto fraco: o sistema de nomes de domínio. Ao sequestrar o tráfego destinado a diferentes domínios, os crackers podem levar internautas ingênuos a visitar sites maliciosos, ou derrubar qualquer site com uma inundação de tráfego, ou simplesmente enviar todo mundo para um único site, como o Google.com ou o Yahoo.com – tornando a internet sem uso para um grande número de pessoas.

Cenário apocalíptico 5: Tempestades solares

Notícia urgente: esta reportagem tem sido espalhada boca a boca, porque nada mais está funcionando. Cientistas acreditam que uma enorme explosão solar atingiu a atmosfera da Terra, causando pane nas redes de eletricidade e de comunicação de todo o mundo. Também recebemos notícias de terremotos e tufões, mas que ainda não foram confirmadas.

Pense nisso como a mãe de todas as sobrecargas elétricas. O sol cospe uma enorme nuvem de plasma superaquecido de tamanho diversas vezes superior ao da Terra, e que  bate em nossa atmosfera. Partículas supercarregadas viajam pela superfície do planeta, fritando todos os transformadores de energia que encontrar pela frente. Resultado: blecaute mundial instantâneo.

Parece um roteiro de Hollywood. Mas foi exatamente isso que aconteceu em Quebéc, no Canadá, em 1989. Naquele ano, uma tempestade solar de pequenas proporções deixou 6 milhões de pessoas sem energia.

“A probabilidade de a internet parar totalmente é quase zero, mas se tem algo capaz de derrubar a rede mundial é uma tempestade solar”, diz o consultor de segurança Robert Siciliano. “Uma bola de plasma atinge os campos magnéticos da Terra, e os transformadores que gerenciam nossa rede elétrica fritam. Seria literalmente uma tempestade perfeita, de proporções cataclísmicas, que derrubaria a eletricidade e a internet ao mesmo tempo.”

fonte: IDG Now! / Por InfoWorld/EUA