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IIuminação residencial

A iluminação doméstica é responsável por uma parcela importante do gasto com energia na casa. No Brasil, a fonte de energia mais usada para iluminação é a elétrica. Economizando com iluminação você gasta menos e ajuda o meio ambiente porque a geração de energia elétrica tem impacto ambiental. Mesmo no Brasil, onde predominam as usinas hidrelétricas, a redução no consumo de energia elétrica é fundamental para o ambiente. Primeiramente porque nosso sistema é integrado e também usa usinas termoelétricas e nucleares, que causam dano ambiental maior. Segundo, porque as usinas hidrelétricas também têm impacto ambiental. Finalmente, se todos economizarem, não será preciso ampliar o sistema, o que vai trazer mais custo ambiental.

Veja algumas dicas para economizar com iluminação:

  • Ambiente pintado com cores claras, especialmente o teto, reflete melhor a luz e reduz os gastos com iluminação.

  • Em áreas coletivas, como corredores e escadas de prédios, use interruptores temporizados (minuteiras) ou sensores de presença para evitar que as lâmpadas fiquem acesas quando ninguém está no ambiente.

  • Em áreas externas, use fotocélula para acionar as lâmpadas. Isso vai evitar o acendimento delas quando a luz solar é suficiente.

  • Os dimmers permitem que você ajuste a luminosidade do ambiente. São dispositivos que controlam a intensidade de luz emitida pelas lâmpadas economizando energia.

Lâmpadas

Há vários tipos de lâmpadas para uso doméstico, mas vamos falar sobre as mais comuns: incandescentes, halógenas, fluorescentes tubulares, fluorescentes compactas e de LEDs.

Incandescentes

Lâmpada incandescenteConsumo: 60W
Fluxo luminoso: 900 lumens
Vida útil: 1.000 horas
Preço: $
Eficiência luminosa: 15 lumens/Watt
Na casa ecológica: não recomendada

Inventadas por Thomas Edison, são as mais antigas, mais baratas e mais usadas. Tem uma temperatura de cor quente e sua luz amarelada cria ambientes agradáveis e aconchegantes. Entretanto, são as que mais consomem energia e têm a menor vida útil. Lâmpadas incandescente devem ser evitadas em uma casa ambientalmente correta. Procure restringir o uso delas aos locais de convívio íntimo. Não as use em corredores, ambientes externos, banheiros, garagens, depósitos, cozinhas e locais que podem receber uma iluminação mais fria.

Halógenas

Lâmpada halógenaConsumo: 50W
Fluxo luminoso: 900 lumens
Vida útil: 2.000 horas
Preço: $$
Eficiência luminosa: 18 lumens/Watt
Na casa ecológica: não recomendada

Introduzidas no mercado mais recentemente, produzem uma luz branca e brilhante, indicada para realçar objetos no ambiente. Por isso, são muito usadas no comércio em vitrines, mostruários, etc. Em casa, são usadas para fins decorativos como para dar destaque a objetos de decoração. Tem consumo relativo um pouco menor e são mais duráveis do que as incandescentes. Como regra geral, a casa ambiental não deve ter lâmpadas halógenas.

Fluorescentes tubulares

Lâmpada fluorescente tubularConsumo: 20 W
Fluxo luminoso: 1.000 lumens
Vida útil: 7.500 horas
Preço: $$
Eficiência luminosa: 50 lumens/Watt
Na casa ecológica
: recomendada

Muito usadas em escritórios, também podem ser usadas em casa. Sua temperatura de cor é fria e sua luz branca cria ambientes clean, mas um tanto frios. Podem ser usadas em áreas como cozinha, copa, garagem, banheiro, corredor, etc. Não devem ser quebradas e seu descarte exige coleta especial porque utilizam mercúrio em sua fabricação. Para funcionar, precisam de reator e starter, o que representa um custo adicional. São lâmpadas de baixo consumo de energia e vida útil longa. Indicadas para casas ecológicas.

Fluorescentes compacta

Lâmpada fluorescente compactaConsumo: 15W
Fluxo luminoso: 900 lumens
Vida útil: 8.000 horas
Preço: $$$
Eficiência luminosa: 60 lumens/Watt
Na casa ecológica: altamente recomendada

Mais recentes no mercado, são uma evolução das fluorescentes tubulares. Além da vida útil longa e do baixo consumo apresentam outras vantagens: podem ser rosqueadas nos mesmos bocais das lâmpadas incandescentes, não precisam de reator e starter e, por serem compactas, se adaptam a uma variedade maior de luminárias. Sua temperatura de cor é fria, com luz branca, mas também são ofertados modelos com temperatura de cor mais quente. A desvantagem delas ainda é o preço, bem mais alto que o das incandescentes. O investimento inicial maior, mas é compensado pela vida útil longa e pela economia de energia elétrica. Não devem ser quebradas e exigem coleta de resíduos especial por causa do mercúrio presente nos tubos. Altamente recomendadas para casas ecologicamente corretas.

LEDs

Lâmpada de LEDsConsumo: 1,5 W
Fluxo luminoso: 300 lumens
Vida útil: 50.000 horas
Preço: $$$$
Eficiência luminosa: 200 lumens/Watt
Na casa ecológica: altamente recomendada

LEDs são aquelas pequenas fontes de luz encontradas nos aparelhos eletrônicos. As lâmpadas de LEDs são formadas por LEDs agrupados e representam a nova promessa da indústria para reduzir o consumo de energia com iluminação. Essas lâmpadas ainda são bem caras, mas têm uma durabilidade altíssima e baixíssimo consumo de energia. Seu uso atual é mais voltado para fins decorativos, substituindo as halógenas, mas é provável que com a popularização os preços caiam e surjam modelos para uso geral.

Comparativo incandescentes x fluorescentes compactas

Vamos imaginar dois cenários: um em que a casa tem apenas lâmpadas incandescentes e outro, em que se usa só lâmpadas fluorescentes compactas. Vamos supor que ambas as casas possuem 20 pontos de luz e uma utilização média de 10 lâmpadas acesas durante 6 horas diariamente. Em cinco anos, o balanço é o seguinte:

Casa com lâmpadas incandescentes
Potência média das lâmpadas: 60W
Consumo de energia: 6570 KWh
Lâmpadas substituídas no período: 110
Gasto com energia: R$ 2.628,00
Gasto com lâmpadas: R$ 195,00
TOTAL: R$ 2823,00

Casa com lâmpadas fluorescentes compactas
Potência média das lâmpadas: 15W
Consumo de energia: 1.642 KWh
Lâmpadas substituídas no período: 14
Gasto com energia: R$ 657,00
Gasto com lâmpadas: R$ 340,00
TOTAL: R$ 997,00

Os números falam por si. As fluorescentes compactas são mais caras, mas rapidamente se pagam com a economia de energia elétrica. Além do mais, em um período de cinco anos, a casa com lâmpadas incandescentes vai produzir 96 lâmpadas queimadas a mais.

Os dados técnicos das lâmpadas foram obtidos em catálogos de fabricantes para modelos encontrados facilmente na praça.

Captação da agua da chuva.

A água da chuva é destilada e cai sem cobrar impostos. Recolher essa água que vem do céu e aproveitá-la é uma tendência forte na busca de soluções para economizar água potável. A idéia é não perder a água da chuva que cai no telhado. Se ela não for captada, vai acabar se infiltrando na terra, ou então, pode ir para o sistema de águas pluviais urbano. Se esse sistema estiver sobrecarregado, a água não captada vai aumentar o caos dos alagamentos.

A água de chuva captada nos telhados não é potável porque entra em contato com impurezas por onde passa. No entanto, é boa para vários usos como descarga de vasos sanitários; lavagem de carros e calçadas ou irrigação de jardim. Em alguns casos, pode ser usada na lavagem de roupas.

Casa com sistema de captação de água da chuva

Sistema de captação doméstica de água pluvial

Na ilustração, temos um esquema de como fazer captação de água da chuva. A chuva cai nos telhados, é recolhida pelas calhas, passa por um filtro que retêm sujeiras como folhas e fica armazenada na cisterna enterrada. Uma bomba envia a água da cisterna para a caixa d'água elevada. A partir da caixa d'água, a água da chuva é distribuída para o vaso sanitário, a irrigação do jardim, o tanque de lavar roupa e a máquina de lavar.

A captação de água da chuva pode ser aplicada em residências, condomínios, prédios comerciais e industriais. Seu custo ainda é alto, mas vai se pagando aos poucos com a economia na conta de água. O consumo de água tratada em uma residência pode cair a menos da metade com a instalação de um sistema de captação de água.

A captação de água pluvial traz várias vantagens para o ambiente. Primeiramente, reduz o consumo de água potável, que custa caro e agride o meio ambiente com a criação de represas, consumo de produtos químicos, etc. Em segundo lugar, a captação de água da chuva reduz o fluxo de água que corre para o sistema de águas pluviais durante as chuvas. Isso pode aliviar os transtornos com alagamentos pois a água será liberada aos poucos nos dias seguintes à chuva. O sistema de captação consome pouca energia e a maioria de seus componentes pode ser fabricada com plástico reciclado.

Com o tempo, é provável que o poder público crie mecanismos para estimular a captação de água de chuva na área urbana. O ideal seria que os proprietários de terrenos fossem responsáveis pela captação de toda a chuva que cai sobre as áreas construídas no seu terreno, incluindo aí calçamento e pavimentação. Essa medida teria a vantagem adicional de estimular a ampliação da área de infiltração na área urbana.

Kit para criar fogo

Você irá precisar de fósforos à prova de água e vento. Eles são essenciais, bem como um isqueiro à prova do clima. Acrescente fósforos comuns, por segurança. Existem muitas ferramentas que geram fagulhas e permitem acender uma fogueira e elas serão úteis para o seu kit (disponíveis nas lojas de camping). Outro truque é carregar em sua mochila algumas bengalas luminosas de artifício. Elas criam uma faísca longa, capaz de atear fogo até mesmo em lascas de madeira molhadas.

Carregar palha de aço de malha fina e uma corda curta de juta também ajuda bastante. As duas podem ser usadas para acelerar o fogo, e a corda pode ser desenrolada aos poucos para durar mais. Outro item a se acrescentar no kit é uma lente de aumento, que pode ser usada para concentrar a luz solar em um ponto determinado e atear fogo em material combustível (desmonte a peça e leve apenas a lente, para economizar espaço). Por fim, inclua um bastão de vaselina no kit. Aplicada ao material inflamável, ela facilita a queima e prolonga a duração do fogo.