Páginas

Bomba de pulso eletromagnético

Possivelmente os Estados Unidos tenham armas PEM no seu arsenal, embora não se saiba de que tipo elas são. Boa parte das pesquisas sobre PEM nos Estados Unidos vêm sendo feitas no campo das microondas de alta potência (MAP).  Há muita especulação entre os jornalistas sobre se elas existem de verdade e se tais armas poderiam ser usadas em uma guerra com o Iraque.
É bastante provável que as bombas eletromagnéticas de MAP dos Estados Unidos não sejam bombas propriamente ditas. Provavelmente elas se pareçam mais com fornos microondas superpotentes, capazes de gerar feixes concentrados de energia de microondas. Uma possível aplicação consistiria num dispositivo MAP instalado em um míssil de cruzeiro, o qual teria, assim, poder para danificar alvos terrestres do alto.
Essa é uma tecnologia cara e avançada, portanto, fora do alcance de forças militares que não dispõem de uma quantidade considerável de recursos. Mas este não é o fim da história das bombas eletromagnéticas. Utilizando suprimentos baratos e conhecimentos rudimentares de engenharia, organizações terroristas poderiam facilmente construir um perigoso dispositivo de bomba eletromagnética.
No final de setembro de 2001, a revista Popular Mechanics (em inglês) publicou um artigo descrevendo esta possibilidade. O artigo tratava especificamente das bombas de gerador de compressão de fluxo(FCGs), as quais datam da década de 50. A concepção deste tipo de bomba eletromagnética, ilustrada abaixo, é razoavelmente simples e potencialmente barata; o desenho conceitual dessa bomba provém de relatório (em inglês) escrito por Carlo Kopp (em inglês), um analista militar e, já faz algum tempo que está amplamente disponível ao público, mas ninguém seria capaz de construir uma bomba eletromagnética valendo-se apenas desta descrição.
A bomba consiste em um cilindro metálico (chamado de armadura) envolvido por uma bobina de fios (o estator). O cilindro do induzido é preenchido com explosivos de alta potência e todo o dispositivo está alojado dentro de um robusto invólucro. O enrolamento do estator e o cilindro do induzido são separados por um espaço vazio. A bomba possui ainda uma fonte de energia, como um banco de capacitores, que pode ser ligada ao estator.
A sucessão de eventos abaixo descreve o que acontece quando a bomba é detonada:
  • um contato liga os capacitores ao estator fazendo passar uma corrente elétrica através dos fios, gerando assim um campo magnético de alta intensidade;
  • um mecanismo de espoleta detona o material inflamável, deflagrando uma explosão que viaja como uma onda pela parte central do cilindro do induzido;
  • à medida que a explosão percorre seu caminho pelo cilindro, este entra em contato com o enrolamento, criando um curto-circuito que isola o estator de sua fonte de energia.
  • à medida que se move, o curto-circuito comprime o campo magnético, gerando assim uma intensa onda eletromagnética.
Uma arma deste tipo muito provavelmente afetaria uma região relativamente pequena, nada comparado à magnitude de um ataque PEM nuclear, mas ainda seria capaz de produzir danos consideráveis.

5 comentários: